Uma das primeiras pesquisas em larga escala investigou a atitude de estudantes em relação ao ChatGPT no ensino superior. O estudo foi conduzido por pesquisadores da Chalmers University of Technology e contou com a participação de quase 6 mil alunos de universidades na Suécia.
A maioria das respostas demostrou uma atitude positiva no uso da IA. Quase todos os participantes afirmaram estar familiarizados com a o ChatGPT, sendo que 35% dos estudantes afirmaram usar o chatbot regularmente.
Os principais motivos para o uso da IA foram o aumento da produtividade e a melhoria das habilidades de escrita acadêmica e linguísticas. No entanto, muitos estudantes sobre quando é permitido utilizar ou não a ferramenta. A maioria (62% dos alunos) considera o uso do ChatGPT durante avaliações como uma forma de trapaça, mas o problema é que ninguém sabe ao certo quais são os limites e fronteiras.
Esse sentimento parece estar relacionado à falta de diretrizes sobre o uso responsável da IA no ambiente de aprendizagem. Muitos estudantes afirmaram que a ausência de regras claras causa ansiedade.
Dentre as várias contribuições desse estudo, que é um dos primeiros a investigar a atitude dos estudantes em relação ao ChatGPT larga escala, eu vejo uma mensagem direta para nós, educadores. A tecnologia está aí e é um caminho sem volta.
Banir não é uma opção, então precisamos assumir a responsabilidade e criar diretrizes de uso em nossas instituições para que os estudantes possam explorar a ferramenta com responsabilidade. Sei que é um caminho desconhecido até para nós, mas não podemos deixar nosso estudantes navegando sozinhos.
Fonte: “Chatbots and other AI for learning: A survey of use and views among university students in Sweden”