Qual a diferença entre Metaverso e Realidade Virtual?
Muita gente acha que são as mesmas coisas, mas na verdade são tecnologias diferentes que podem se complementarem.
Desde a década de 60, cientistas, programadores e designers trabalham para desenvolver tecnologias de Realidade Virtual. A proposta sempre foi criar um ambiente 3D gerado pelo computador no qual o usuário pudesse entrar e interagir com objetos digitais.
Esta é uma definição que se parece com a de qualquer jogo digital, mas o diferencial da Realidade Virtual é oferecer uma tecnologia imersiva. Por meio de óculos de RV e fones de ouvidos, a tecnologia consegue envolver os sentidos do usuário para criar imersão. A pessoa passa a sentir que está em um ambiente diferente do seu mundo físico. A Realidade Virtual é esse conjunto de tecnologia (óculos, fones, hardwares e softwares) que torna possível a imersão.
E o Metaverso?
O Metaverso também é a ideia de um espaço 3D gerado pelo computador, assim com a Realidade Virtual, mas a diferença é que este ambiente possa ser compartilhado por muitos usuários e que seja de preferência aberto e integrado com outros Metaversos. Uma espécie de espaço de socialização.
O nosso desejo é que existam muitos desses mundos virtuais para que a gente possa ficar trocando entre eles. O do Facebook será apenas um entre vários. E o Metaverso não é algo novo. O livro de ficção científica “Snow Crash”, de 1992, foi um dos primeiros a apresentar a ideia de um Metaverso na literatura. Na narrativa, os personagens podem entrar e sair de um mundo digital – o que é diferente da simulação de Matrix.
Também tivemos a onda do Second Life, que era um Metaverso, mas sem a imersão proporcionada pela Realidade Virtual. Este exemplo mostra que o Metaverso pode existir com ou sem Realidade Virtual, assim como a Realidade Virtual pode existir com ou sem um Metaverso. No entanto, o grande potencial de inovação está na junção das duas tecnologias.
Ainda está na dúvida na diferença? Vou dar um exemplo.
O Câncer UK, um dos maiores de pesquisa sobre câncer, fez um projeto de RV para pesquisa. Criaram mapas de tumores utilizando a tecnologia para que os pesquisadores tivessem novas formas de visualização e interação com dados, sem precisar ficar restritos às lentes de um microscópio.
Nesse caso o que existe é uma aplicação isolada de RV, muito promissora, mas não um Metaverso – algo que a gente ainda está construindo.
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